Um ponto em que quase nada faz sentido, que você nem sabe mais o que é sentir o coração acelerar por alguém ou apertar por algo ter acontecido, não saber o que é saudade, mesmo tendo pessoas distantes... Se sentir diferente. Na verdade não sentir, mas saber que você é diferente. Não possuir, não tocar. Não se importar, não me importo. Aprendi a me respeitar e sei que possuo sentimentos e emoções distintas das outras pessoas, que a minha vida acontece em um ritmo mais lento, talvez por ter medo de insistir, não sei. Não tenho certeza de nada. De uma coisa eu sei: quanto mais tento entender a vida mais me perco, mais me sinto deslocada, mais duvido das pessoas, mais duvido da minha fé. Isso soa um pouco como loucura, não diria que é loucura e, sim desespero. Queria possuir uma voz tão forte para que todos me ouvissem, ouvissem o que eu tenho a dizer. Mesmo tendo pensamentos mutáveis e impulsivos. Mas o que eu tenho a dizer? Dizer que possuo sentimentos e emoções que não são meus? Só para tentar me adequar a sociedade? Não ligo para isso... Na verdade ligo sim, pois se não ligasse não pensaria em que roupa usarei amanhã.
"Não que estivesse triste, só não sentia mais nada."... No final de contas, o que é se importar?
quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011
quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011
Pris Au Piège
Liberta-me do sujo
Liberta-me do puro
Liberta-me de ti
Inventemos um meio termo que não nos afaste
Severa verdade e doce mentira
Claramente, esta, que aproxima. E mentimos sem medo
Por sermos só nós, por ninguém suspeitar
E nos perdemos na omissão
Sufocando nossa consciência em maldade
Ou seria caridade?
Peco em não responder aos nossos frágeis alicerces
E nos suportamos em um só dedo
Se te peço que sumas, eu caio
E por pouco tempo me liberto na queda
Tão fundo buraco que não posso te alcançar
Quem pediu para que o escavássemos assim?
Liberta-me de ti
Liberta-nos de nós.
( Laura Santomelli )
Liberta-me do puro
Liberta-me de ti
Inventemos um meio termo que não nos afaste
Severa verdade e doce mentira
Claramente, esta, que aproxima. E mentimos sem medo
Por sermos só nós, por ninguém suspeitar
E nos perdemos na omissão
Sufocando nossa consciência em maldade
Ou seria caridade?
Peco em não responder aos nossos frágeis alicerces
E nos suportamos em um só dedo
Se te peço que sumas, eu caio
E por pouco tempo me liberto na queda
Tão fundo buraco que não posso te alcançar
Quem pediu para que o escavássemos assim?
Liberta-me de ti
Liberta-nos de nós.
( Laura Santomelli )
Fragmentos
"Eu quero chafurdar na dor desse ferro enfiado fundo na minha garganta seca que só umedece com vodca, me passa o cigarro, não, não estou desesperada, não mais do que sempre estive, nothing special, baby, não estou louca nem bêbada, estou é lúcida pra caralho e sei claramente que não tenho nenhuma saída, ah não se preocupe, meu bem, depois que você sair tomo banho frio, leite quente com mel de eucalipto, ginseng e lexotan, depois deito, depois durmo, depois acordo e passo uma semana a banchá e arroz integral, absolutamente santa, absolutamente pura, absolutamente limpa, depois tomo outro porre, cheiro cinco gramas, bato o carro numa esquina e ligo para o CVV às quatro da madrugada e alugo a cabeça dum panaca qualquer choramingando coisas do tipo preciso-tanto-de-uma-razão-para-viver-e-sei-que-essa-razão só-está-dentro-de-mim-bababá-bababá e me lamurio até o sol pintar atrás daqueles edifícios sinistros, mas não se preocupe, não vou tomar nenhuma medida drástica, a não ser continuar, tem coisa mais autodestrutiva do que insistir sem fé nenhuma?”
(Os Sobreviventes - Caio Fernando Abreu)
(Os Sobreviventes - Caio Fernando Abreu)
quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011
segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011
Desapego
Delicada é a angústia que lhe ronda
através de ventos inquietos,
retratando seu sorriso vazio
Raro o desejo que me toma
ao tocar seus lábios,
contagiados de tanto temor
Temerosa é a conquista que me aflige
ao disputar-lhe com um outro alguém
Diga-me que fica
ou me deixe em paz
Não me deixe em paz.
através de ventos inquietos,
retratando seu sorriso vazio
Raro o desejo que me toma
ao tocar seus lábios,
contagiados de tanto temor
Temerosa é a conquista que me aflige
ao disputar-lhe com um outro alguém
Diga-me que fica
ou me deixe em paz
Não me deixe em paz.
You know they all pretend
Como alguém pode ser tão especial mesmo não fazendo nada? Por qual motivo tenho uma ligação tão forte com alguém que se afastou? Eu queria poder entender isso. Parece que quanto mais tempo se passa depois do fim, mais ligada eu estou a pessoa, como se nós estivessemos presos. Queria saber se você sente isso por mim também ou se eu sinto por nós. Tento me livrar desse sentimento mas sempre que me desligo, acontece algo e volto a sentir de novo. Quando vou me ver livre disso? Algo dentro de mim me diz que preciso cuidar de você... Mas por que? .... Só queria conseguir entender.
sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011
Continência ao Senhor Vestibular
Durante a nossa vida escolar inteira fomos preparados para uma prova que marcará uma etapa importante em nossas vidas: o Vestibular. Fomos tratados como verdadeiras máquinas, onde, os professores "depositam" as informações e conhecimentos adquiridos em sua especialização ("depositam" ou te forçam a "depositar"), para o nosso maior preparo para essa cruel avaliação. Ao pensar em vestibular, logo tenho a imagem de uma peneira que, separa e segura os estudantes mais preparados e deixa passar os que não estão tão bem preparados quanto os outros. Segregação. A escola passa a impressão de que todo o nosso conhecimento, adquirido em longos anos de ensino fundamental e ensino médio, foi por um motivo principal: uma prova ridícula que mais testa a sua resistência do que o seu conhecimento, e que, consequentemente, trará nome para a escola onde você estuda (se você passar em uma faculdade estadual/federal, claro). E não, como prioridade, para tornarmos adultos com uma base educacional boa. Como se tudo o que aprendemos fosse para ser usado em um único dia. Criamos então a ideia de que o vestibular é o "ser" mais poderoso que existe, temos medo, angústia, noites mal dormidas, stress, unhas roídas, mudanças fortes de comportamento, tudo depende da pressão que está em você no momento. Desumano. Competição. Egoísmo. Individualismo. Sistema educacional ridículo!
segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011
Amor Platônico
Envolto na cachoeira de seu sorriso
levado pela correnteza de sua alma
Mergulhado no profundo dos seus olhos
Penetrado no calor de sua pele distante
Uma noite, o que mais quero;
me perder no abismo dos desejos
Amanhecer no quântico silêncio dos sonhos
Uma noite, só isso, nada mais.
levado pela correnteza de sua alma
Mergulhado no profundo dos seus olhos
Penetrado no calor de sua pele distante
Uma noite, o que mais quero;
me perder no abismo dos desejos
Amanhecer no quântico silêncio dos sonhos
Uma noite, só isso, nada mais.
Distorcer/Decorar
Infelizmente todos, sem exceção, temos a péssima mania de julgar os outros como forma de tentar desvendar o interior da pessoa, conhecendo-a ou não. As vezes fazemos esse julgamento devido a necessidade de conhecer e entender mais sobre alguém, ou mesmo, no que queremos que este seja, onde, acabamos por distorcer a imagem de uma pessoa que, as vezes, nem conhecemos direito. Ou quando fazemos uma critica, que julgamos construtiva, a algum amigo que pode não entender a nossa intenção, criando então um conflito. Primeiramente devemos olhar para os nossos atos antes de julgarmos ao próximo. Sei que isso soa um tanto quanto clichê, mas é o mais sensato e correto a se fazer, pois assim não nos tornamos meros hipócritas. Como diz a música ( por sinal, é um tanto quanto irritante): "cada um no seu quadrado". Olhar sempre a si antes de falar dos outros.
"E o vento levou"
Solidão. Como posso me sentir tão só diante de tão vasto mundo? Nem minha família, nem as pessoas que dizem ser meus amigos, conseguem saciar esse sentimento. Talvez eles me causam tanta dor. Possuo a sensação de que tudo o que fiz em 17 anos foi em vão, como se tudo fosse construído de um material tão frágil que qualquer movimento, qualquer toque, qualquer assopro, qualquer vento, levasse tudo. Pode ser que o motivo de tudo isso seja eu, mas também pode ser que não. Me sinto tão diferente. Sinto que atrapalho as pessoas à minha volta. Justo eu quem gosta de agradar a todos. Por que? Seria merecimento ou castigo? Sinto que não possuo o apoio de quem gosto no momento em que mais preciso, como se tudo não passasse de uma farsa. Talvez o mundo seja uma farsa. Talvez o que eu sinto seja uma farsa. Indecisão, angústia, medo.
Assinar:
Postagens (Atom)