sexta-feira, 29 de abril de 2011

Socorro

"Socorro, não estou sentindo nada
Nem medo, nem calor, nem fogo
Não vai dar mais pra chorar, nem pra rir
Socorro, alguma alma, mesmo que penada
Me entregue suas penas
Já não sinto amor, nem dor, já não sinto nada
Socorro, alguém me dê um coração
Que esse já não bate, nem apanha
Por favor, uma emoção pequena
Qualquer coisa
Qualquer coisa que se sinta
Em tantos sentimentos
Deve ter algum que sirva
Socorro, alguma rua que me dê sentido
Em qualquer cruzamento, acostamento, encruzilhada
Socorro, eu já não sinto nada, nada"

Arnaldo Antunes/Alice Ruiz

quinta-feira, 14 de abril de 2011

A Flor

"Ouvi dizer
Do o teu olhar ao ver a flor
Não sei porque
Achou ser de um outro rapaz
Foi capaz de se entregar
Eu fiz de tudo pra ganhar você pra mim
Mas mesmo assim...
Minha flor serviu pra que você
Achasse alguém
Um outro alguém que me tomou o seu amor
E eu fiz de tudo pra você perceber
Que era eu...
Tua flor me deu alguém pra amar
E quanto a mim?
Você assim e eu, por final sem meu lugar
E eu tive tudo sem saber quem era eu...
Eu que nunca amei a ninguém
Pude, então, enfim, amar...vai!"
Rodrigo Amarante/Marcelo Camelo

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Generalizando

Permitir ser. Somos?
Sentir-se parcialmente
Camuflar-se por medo,
medo de aceitação
Vestindo uma máscara
escondendo a verdadeira essência
Censurando o inconsciente
 somente para adequação.

E a parte do livre,
do pessoal,
do espontâneo
Fica em nós, guardado
em uma caixinha que,
lá dentro já se perdeu.