tenho em mim
todas as dores do mundo
o peso da consciência em um tempo de alienação
Mil toneladas, três mil, quatrocentas mil! me esmagam em todo amanhecer
violência contra mulheres, negros, travestis, homossexuais, crianças, animais
somos violentadxs pelo estado, pelas instituições, pela população
todos nascemos da mesma placenta desse planeta azul
será que não conseguem enxergar?
somos irmãos em terra destruídos pelo poder
por uma disputa que não é nossa
por uma disputa que nos é incentivada
por uma disputa que não tem sentido algum
até quando esse golpe vai durar?
até quando?
diante toda esfera de macro e micro poderes
sinto-me adoecer, de corpo e alma,
frente a tudo que vai pelo lado oposto do altruísmo humano
fomos soterrados em terra, e sequer sabemos que fomos adestrados para sermos mortos!
para sermos dóceis. para sermos disciplinados.
mas frente a toda essa castração, sou afetada por esperanças
atravessadas por pensamentos otimistas, ainda que fracos
até porque o dia em que eu desistir
estarei morta.
Lutemos!
quarta-feira, 4 de novembro de 2015
terça-feira, 10 de março de 2015
sinos
fria parafina derretida em fogo
escorre dentre o peito
não causa incomodo
dedilhados por orvalhos
cílios se desentrelaçam,
perante o sereno despertar
amanhecer em si
pouco a pouco
com o café com canela de todo dia
alegoria! venha me causar alforria...
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